10.16.2010

As Harmonias do Bem

As Harmonias do Bem

De vez enquanto sou surpreendido com a recepção de alguns livros antigos, que pela natureza dos temas/assuntos que neles são abordados/tratados, devo confessar que tenho alguma dificuldade em não lhes dar a atenção devida.
Alguém teve a amabilidade de me enviar um livro que para além de já não ter a capa e contra-capa, considero-o de extrema importância tanto do ponto de vista educativo como edificador, cujo título suponho ser o supracitado. Tomo assim a liberdade de transcrever na íntegra o Prefácio do Autor que se assina O.S.Marden.
- "Nunca na história da humanidade, houve tão justa compreensão do poder do pensamento justo como esta que estamos notando nos povos cultos.
Apoderam-se dos restos duma grande verdade divina (1), dum novo evangelho de optimismo e de amor, duma filosofia mais clara e confortadora, parecendo que assim vão estabelecer um principio universal que permita aos povos de todas as raças e de todas as crenças unirem-se num trabalho que melhor a humanidade.
O princípio fundamental deste grande movimento metafisico revela-nos que somos capazes de formar a nossa inteligência, o nosso carácter e o nosso corpo e de conquistarmos o êxito. Ora esta revelação está destinada a dar ao mundo bençãos imemoráveis. Temos todos a consciência de que há em nós alguma coisa que nunca adoece, que não morre nunca, um poder que habita na carne, mas que dela não faz parte e que nos une à divindade e por assim dizer, unificando-nos com a Vida infinita (2).
Começamos a descobrir a natureza dessa poderosa força que reside na carne, desse poder curativo, regenerador, rejuvenescedor, harmonizador e construtor que, por fim, nos levará ao estado de felicidade que instintivamente sentimos dever ser o patrimómio de todos os seres humanos.
Apresentar em linguagem clara, simples, despejada de termos técnicos, os princípios da nova filosofia que promete elevar a vida acima da vulgaridade e da discordia, tornando-a digna de ser vivida; demonstrar como é que podem ser colhidos os seus principios e como praticamente podem ser aplicados na vida quotidiana, e em vários casos particulartes - eis o fim deste volume.
Cada vez se vai compreendendo melhor que a obra de Deus não pode ser corrigida pelos homens. Começamos a conhecer que o Princípio que nos criou, repara-nos, restaura-nos, renova-nos, cura-nos; que o remédio de todos os nossos males está dentro de nós, no Princípio Divino que é a nossa vida.
Reconhecemos que há dentro de cada individuo um imortal princípio de saúde que, bem utilizado por nós, curará todos os nossos males, ministrando bálsamos a todas as chagas da humanidade. Esforça-se o autor por motrar que o corpo è apenas o espírito exteriorizado; que a saúde do corpo depende do pensamento, e que temos ou não saúde, felicidade ou miséria, juventude ou velhice, encantos ou horrores, conforme o poder com que disciplinamos os nossos pensamentos (3).
Ensina ela como é que o homem pode mudar o seu corpo e o seu carácter, só mudando de pensamento (4).
Diz-nos este liovro que o homem não deve ser a vitima do seu meio, do qual se pode tornar senhor; que nenhuma fatalidade externa pode tolher-lhe a vida e os seus projectos; que todos podem criar o seu ambiente e as suas condições de vida, que o remédio para a pobreza, para a doença e para o infortúnio consiste em estabelecer, por meio do pensamento cientifíco, uma união consciente entre si e a grande Fonte da Vida infinita, e Fonte da opulência, da saúde e da harmonia (5).
Esta consciente união com o Criador, esta concordância com o Infinito, é o segredo de toda a paz, de todo o poder e de toda a propseridade (6).
Mostra este volume como é que o homem pode defender os áditos da sua inteligência de todos os pensamentos que não sejam amigos, que não deem sugestões de alegria e felicidade, e como é possível excluir os pensamentos inimigos que tragam a discórdia, o sofrimento e o inexito(7)
Ensina este livro que o vosso ideal é uma profecia do que mais tarde sereis; que a palavra pensamento deve substituir a de destino; que, pelo pensamento, nos devemos elevar da discordia à harmonia, da doença á saúde, das trevas á luz, do ódio ao amor, da pobreza e do inexito á prosperidade e ao êxito.
para um homem se poder elevar, tem de elevar primeiro os seus pensamentos.
Quando soubermos dominar os nossos pensamentos, conservando o espírito aberto ao grande influxo da Vida divina, terem os aorendido o segredo da felicidade humana. E então surgirá uma nova era para a human idade" (7).

Referências:
(1) - O leitor integralmente católico com facilidade restringe o que nestas palavras há de excessivo - Nota do tradutor.
(2) - O autor tem a precoupação de que o céu existe só na terra e por isso insinua na terra uma felicidade perfeitamente utópica.
Superfluo é, lembrar como, dentro do justo meio-termo, poderemos aceitar o que há de prático em afirmações tão exageradas. - Nota do Tradutor.
(3) - Quase superfluo é notar o tom excessivo destas afirmações. O corpo depende fundamentalmente do espírito, mas não é apenas a exteriorização do nosso espírito.
A boa disciplina dos nossos pensamentos auxilia sem duvida a nossa saúde, felicidade e atractivos pessoais, mas não basta dum modo absoluto. Doenças , desventuras, humilhantes defeitos físicos, são, na maior parte dos casos, m ales invencíveis, deparações que Deus nos impõe. Pretender exterminá-los é utopia e rebeldiua: valorizá-los na resignação cristã, quando iniludivelmente invencíveis, é o dever de todos os verdadeiros cerntes. - Nota do tradutor.
(4) - A mudança de pensamentos nada produzirá sem o ferveroso apelo à graça divina. O autor nunca o contesta, mas deixa demais de o lembrar em várias passagens.
(5) - Até certo ponto assim é, porque, com o verdadeiro espírito cristão, a deonça realmente pode ser saúde e a pobreza pode ser riqueza.

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