12.01.2014

GRITO DE GUERRA VS ALERTA

GRITO DE GUERRA VS ALERTA
Crer fazer dos outros cegos, surdos e eventualmente mudos, é na minha opinião crer ir longe de mais, e a sua queda pode estar iminente. 

Por vezes sinto uma profunda necessidade de dar um GRITO de GUERRA vs ALERTA, como forma de dar a conhecer à sociedade como somos tratados no SNS.
Quem pretende enfiar a carapuça na cabeça dos dirigentes das associações de dadores de sangue, e consequentemente manter os dadores na ignorância? Quem lucra com isso e que proveitos retiram? Claro que ninguém é perfeito, agora crer fazer dos outros cegos, surdos e eventualmente mudos, é na minha opinião crer ir longe de mais, e a sua queda pode estar iminente.
Os leitores mais atentos devem lembrar-se do conteúdo do livro com o título "Jogo Sujo" sendo seu autor Ramiro Carrola.
Acreditamos, que nas nossas costas, nas quatro paredes dos gabinetes, onde se alinham as estratégias a dignidade dos dadores de sangue é esmagada. Porque será, as pessoas só são diferentes, reivindicativas enquanto não ocupam cargos de decisão? A seguir tudo muda, dão o dito por não dito. Lembro-me de uma máxima que diz tudo: “Se quiser pôr à prova o carácter de um homem, dê-lhe poder.” ― Abraham Lincoln.
Já não é de hoje que se questiona a postura e as atitudes das pessoas diante da oportunidade de exercerem qualquer tipo de poder. Mais do que o carácter, acredita-se há muito tempo, que se pode conhecer toda a personalidade de uma pessoa, observando a forma como ela lida com o poder que tem condições de exercer.

Se quiser conhecer realmente uma pessoa, dê-lhe poder e investigue junto àqueles que por algum tipo de hierarquia, ainda que subjectiva, devem lhe prestar qualquer tipo de obediência. Questione como é o seu relacionamento com elas. A resposta obtida demonstrará com total fidelidade, as manifestações mais obscuras de seu carácter.
Lord Acton, o historiador inglês, afirmou: “o poder tende a corromper, e o poder absoluto corrompe absolutamente”. O mais interessante é que, diante de um poder que não conheciam e que lhes foi outorgado modificando o rumo de suas relações com os outros, algumas pessoas tendem a justificar suas mediocridades se escondendo atrás de falácias do tipo: “sou franco e transparente – falo o que tenho que falar na cara”, sou curto e grosso” ou “sou extremamente profissional”. Trata-se de uma defesa contra o lado obscuro que foi aflorado e que de certa forma ainda pode ser causa de vergonha. Estas justificativas tentam legitimar as grosserias, indelicadezas, a falta de educação e gentileza, e, o que é pior, a má vontade, a intolerância, a falta de companheirismo, ou seja, a mediocridade.
O poder leva a pessoa a não se identificar mais com aqueles que faziam parte de suas relações, sejam familiares, vizinhos ou colegas de profissão.
Após estas mudanças, nada mais tem volta. O poder um dia acaba, porque tudo acaba, e isso é certo, e o “poderoso” fica sem saber onde foi que errou, culpando as pessoas, por serem incompetentes e incapazes de lhe acompanharem em sua heróica e maravilhosa jornada.

Estes são os que esquecem que o poder não se manifesta pela capacidade de controlar uma equipa, humilhando e “colocando cada um em seu lugar”. O poder pode e deve ser reconhecido, avaliado e calculado pela quantidade de justiça de que é capaz de praticar, pela sua capacidade de promover a auto-estima em cada membro da equipa e pela felicidade de que é capaz de impregnar na missão que abraçou.
Sem essa visão positiva do poder, vamos continuar a conviver com os medíocres, que iludidos com sua efémera parcela de poder, passam a vida distribuindo autoritarismos e afectando vidas sem nenhum discernimento e integridade, vivendo guiados por suas vaidades e egoísmos pessoas que mais se vão sentir destruídos.
Há quem se mantenha atento ao evoluir dos acontecimentos. Carapuças para estes lados, não, OBRIGADO.


Postado por Joaquim Carlos

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